sábado, 5 de dezembro de 2015

Estar em, estar com, amar...

Segundo a Bíblia,  somos seres criados para nos relacionarmos,  ah, e se você é dos que não crêem na Bíblia,  mas crê na ciência, ela também diz que somos seres sociáveis. Mas, voltando à Bíblia,  o primeiro relacionamento que nela se tem notícia é o do próprio Deus com a humanidade. Em Gênesis lemos que, aos crepúsculos Deus vinha conversar com Adão e Eva.
Eu fico imaginando, aquele lugar descrito como um paraíso, o pôr do sol (que é majestoso em qualquer lugar), aí ninguém mais, ninguém menos que o Criador vinha bater papo, assim, prosear... Talvez nossa cultura religiosista não nos permita imaginar Deus assim, tão íntimo,  tão perto. O mais triste é saber mesmo que aquilo que deveria nos aproximar dele por conhecimento nos afasta com seus fundamentalismos, e mais ismos, e outros tantos ismos....
O caso é que quero chamar a atenção para uma coisa: Deus nos criou dotados de livre arbítrio,  LIVRE. Em sua ciência sempre soube que muitos de nós escolheríamos não amá-lo, que faríamos e provocaríamos misérias. Ainda sim preferiu não impor a nós sua vontade. Ele sempre preferiu e preferirá que o escolhamos. Que nossas ações sejam boas não pelo medo de seu castigo, mas pela alegria em satisfazê-lo simplesmente por amá-lo. E ele nos ama tanto,  tanto que enviou seu filho para nos salvar. E este, nos amou tanto, tanto que morreu a morte mais indigna até então forjada. E por amor ressuscitou e além do perdão nos trouxe vida eterna.
Avançando um pouco nesse raciocínio,  agora junto comigo pense: Deus puro e santo,  majestade criador do Universo, nos ama, ainda que nós mesmos tenhamos escolhido nos tornar essa titica de mosquito.
Chocante, não é mesmo!?  Principalmente porque não concebemos amor (só no discursos, porque pega mal assumir) na figura divina. Ggeralmente o temos numa versão de Zeus irado velho e rabugento caçando o próximo apara mandar um raio na bunda.
Talvez seja o momento de você olhar para dentro de si e se perguntar que tipo de relacionamento você construiu com Ele. Sim, a palavra é construção. Temos os relacionamentos que construímos. E não se engane, os seus  relacionamentos interpessoais são fruto dessa primeira construção. Se você entende que,  Deus não te ama pelo que você é (afinal nós somos mutantes em todo o tempo), nem pelo que você faz, muito menos por sua utilidade (até porque né,  ele não precisa da gente para nada), mas... porque você é você, assim você. E Ele ama incondicionalmente! Esqueça o que dizem os manuais de conduta, os "sabichões gospels" a igreja, o vizinho, o pastor... Entenda, creia e assuma: Deus te ama porque você é você.
Entender isto, muda tudo. Você vai perceber que não vale a pena amar nem ser amado pelo que se é, pois todos têm o direito de mudar, não vale valorizar nem ser valorizado pelo que se faz... Todos nós em algum momento perdemos a utilidade. Mas se mesmo sendo como somos, sendo muitas vezes inúteis ainda amamos e somos amados... Ah... então somos felizes,  estamos prontos, não finalizados, mas prontos para começar a viver.
Ame as pessoas como Deus nos ama: sem razão,  sem utilidade. Descubra o quanto vale um sorriso nos lábios de quem se lembra de você, quanto vale uma oração,  um bom desejo. Descubra como é maravilhoso em meio a tantas tristezas saltar de alegria porque quem você ama hoje está feliz. Descubra a maravilha de amar quem lhe é inútil, mas extremamente necessário.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Das confusões e contradições

Há certas bobagenzinhas que, sinceramente,  a tentativa de escondê-las ou simplesmente o ato de justificá-las causam mais estrago que a bobagem em si. E quanto mais se tenta remendar mais estranho soa. E a gente começa a pensar que, quanto maior a necessidade de justificativas, talvez maior seria a dificuldade dessas pessoas  em aceitar e perdoar a mesma ação se os papéis fossem invertidos...