sexta-feira, 23 de julho de 2010

Algumas leituras...


Não me lembro bem de quando foi exatamente que comecei a ler, mas sei que foi aos cinco anos.
O mais impressionante é que me lembro das atividades que realizei no prezinho a uns 3... deixa pra lá.
Me lembro bem de que comecei a pegar os Gibis de meu irmão, sete anos mais velho. Logo, imagine a complexidade dos personagens: Homem de ferro (num entendia patavina de onde vinha para onde ia...kkkk), Fantasma (cara sizudo numa floresta...), Conan (uma indecência cheio de mulheres quase peladas...kkkk), Homem Aranha (entendia um pouquinho), etc...
Aí entra o que eu acho que foi uma das muitas coisas boas que meu pai fez por mim. Assim que me viu tentar devorar as revistas de meu irmão me entupiu com gibis da Turma da Mônica, disney, comprou livrinhos com áudio, livros menores, etc, etc, etc. Meu pai incentivou-me muito o gosto pela leitura. Sempre lia tudo e quando completava as leituras eu continuava a bisbilhotar as do meu irmão. Fui crescendo, fui lendo livros. Lembro que adorava adiantar os textos dos livros de português.. . ops na época era "Comunicação e Expressão". Quando acabava os de Comunicação e Expressão lia os probleminhas de matemática (nunca sabia resolvê-los sozinha, mas, pelo menos lia), lia os de Integração Social, mais tarde geografia e ciências, lia as revistas de curiosidades do meu irmão (já viu que eu adorava fuçar também, né!? kkkkkkk).
E foi assim. As épocas menos felizes de minha vida foram também as em que eu menos li. Mas, acho que jamais passei um ano sem ler uma pequena história que fosse.
Durante a graduação me privei um pouco do prazer da literatura, por mais estranho que isso possa parecer, levando-se em conta de que me graduei em letras. Li, é verdade, algumas obras, mas sempre com o peso de alguma avaliação, ou com a sensação de que deveria estar lendo alguma coisa mais relacionada à minha área. Logo depois que me formei fui para as salas de aula e logo logo iniciei o meu mestrado. Aí sim é que li pouco. Prometi a mim mesma que eu me entorpeceria de literatura assim que defendesse a dissertação. Promessa cumprida.
Até hoje eu adoro a sensação de que agora posso ler esganiçadamente, acho que eu ainda tento tirar o atraso...
Eu não sei explicar o que acontece comigo quando vejo um bom livro. Mas consigo descrever alguns rituais.
  1. O namoro pelas capas. Tudo começas pela estética. Sim, eu sou daquelas que pré-julga e compra o livro pela capa.
  2. Depois que compro, pego emprestado, ou mesmo ganho um livro sempre eu o folheio e tento sentir o seu cheiro. Não faço a mínima ideia do que isso significa. Realmente, acho que a convivência com os gatos está me afetando.
  3. Leio todas as informações da capa e contracapa, vejo a encadernação, como se entendesse de alguma coisa...
  4. E então começo a ler. Há livros que faço questão de lê-los compulsivamente, o mais intensamente possível (Saga Crepúsculo, A Cidade do Sol, Percy Jakson...), e outros gosto de degustá-los homeopaticamente (Grande Sertão, A Menina que Roubava Livros).
  5. Adoro chorar durante e depois... E choro por inúmeras razões, uma única vez foi por causa do final, geralmente é porque me sinto pequena diante da vida, me sinto envergonhada pela humanidade...


Enfim, os livros são grandes responsáveis pelo modo como eu vejo o mundo, aliás como eu o avalio. Certamente, o paraíso deve ser uma espécie de biblioteca com almofadas e bichanos!!!! kkkk

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu e minhas paixões...


Você gosta do quê? Alguém já te fez essa pergunta? Bom, nunca consegui respondê-la, sempre pensei e não vinha nada do que eu pudesse me lembrar e afirmar: Gosto disso. É sempre assim com músicas, filmes lazer, etc... __Gosto de muitas coisas __ sempre respondo.
Aí então chega alguém, te dá um presente e resolve todo o mistério...
Ganhei de Lisi (minha prima) um livro que há muito eu namorava: "Dewey, um gato entre livros" na dedicatória, linda por sinal nem sei se realmente a merecia, ela coloca: Este livro reúne duas de suas paixões...
Minhas paixões são gatos e livros, necessariamente nessa ordem.
Sim, amo os bichanos, me deixo seduzir por seus olhares e ronronos, adoro sua agilidade, esperteza, gosto do seu andar macio e silencioso. Adoro implorar pelo amor da Catarina (minha gatinha). Os gatos me ensinam a lidar com os espaços que devemos dar às pessoas: ame, mas não possua, queira, mas não domine. Alguém já disse que o gato conseguiu domesticar o homem...
Ah, os livros, deve ser alguma coisa anormal, eu não consigo resisitir a eles. Acho até que vou fazer outro post só para eles...

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que são os baobás???

o que são os baobás???
Hum... vou chamar alguém aqui para explicar melhor...

"Dia a dia eu ficava sabendo mais alguma coisa do planeta, da partida, da viagem.

Mas isso devagarinho, ao acaso das reflexões. Foi assim que vim a conhecer,

no terceiro dia, o drama dos baobás.

Dessa vez ainda, foi graças ao carneiro. Pois bruscamente o principezinho

me interrogou, tomado de grave dúvida:

- É verdade que os carneiros comem arbustos?

- Sim. É verdade.

- Ah! Que bom!

Não compreendi logo porque era tão importante que os carneiros

comessem arbustos. Mas o principezinho acrescentou:

- Por conseguinte eles comem também os baobás?

Fiz notar ao principezinho que os baobás não são arbustos, mas árvores

grandes como igrejas. E que mesmo que ele levasse consigo todo

um rebanho de elefantes, eles não chegariam a dar cabo de um único baobá.

A idéia de um rebanho de elefantes fez rir ao principezinho:

- Seria preciso botar um por cima do outro...

Mas notou, em seguida, sabiamente:

- Os baobás, antes de crescer, são pequenos.

- É fato! Mas por que desejas tu que os carneiros comam os baobás pequenos?

- Por que haveria de ser? respondeu-me, como se se tratasse de uma evidência.

E foi-me preciso um grande esforço de inteligência para compreender

sozinho esse problema.

Com efeito, no planeta do principezinho havia, como em todos os outros

planetas, ervas boas e más. Por conseguinte, sementes boas, de ervas

boas; sementes más, de ervas más. Mas as sementes são invisíveis.

Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar.

Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo

galhinho. Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça

à vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim, é preciso

arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.

Ora, havia sementes terríveis no planeta do principezinho: as sementes

de baobá... O solo do planeta estava enfestado. E um baobá, se

a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele. Atravanca todo o

planeta. Perfura-o com suas raízes. E se o planeta é pequeno e os

baobás numerosos, o planeta acaba rachando.

"É uma questão de disciplina, me disse mais tarde o principezinho.

Quando a gente acaba a toalete da manhã, começa a fazer com

cuidado a toalete do planeta. É preciso que a gente se

conforme em arrancar regularmente os baobás logo que se distingam

das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um

trabalho sem graça, mas de fácil execução."

Em um dia aconselhou-me a tentar um belo desenho que fizesse

essas coisas entrarem de uma vez na cabeça das crianças. "Se

algum dia tiverem de viajar, explicou-me, poderá ser útil para

elas. Às vezes não há inconveniente em deixar um trabalho

para mais tarde. Mas, quando se trata de baobá, é sempre uma

catástrofe. Conheci um planeta habitado por um preguiçoso.

Havia deixado três arbustos..."

E, de acordo com as indicações do principezinho, desenhei o tal planeta.

Não gosto de tomar o tom de moralista. Mas o perigo dos baobás

é tão pouco conhecido, e tão grandes os riscos daquele que se

perdesse num asteróide, que, ao menos uma vez, faço exceção

à minha reserva. E digo portanto: "Meninos! Cuidado com os

baobás!" Foi para advertir meus amigos de um perigo que há tanto

tempo os ameaçava, como a mim, sem que pudéssemos suspeitar,

que tanto caprichei naquele desenho. A lição que eu dava valia a

pena. Perguntarão, talvez: Por que não há nesse livro outros

desenhos tão grandiosos como o desenho dos baobás? A resposta

é simples: tentei, mas não consegui. Quando desenhei os baobás,

estava inteiramente possuído pelo sentimento de urgência."

fonte:http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap05.htm


Inaugurando espaços...

Olá tem alguém aqui???
Se chegou seja bem vindo, vou começar a fuçar esse pedacinho aqui... Num sei ainda o que vou colocar, fazer isso ou aquilo...
Mas. tô empolgada com a possibilidade de escrever, escrever, escrever... Assim quem sabe eu consiga fazer a limpeza diária dos baobás que tenho de retirar diariamente.