quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Reepicheep


Olá amigos,
Hoje pude compartilhar com minha prima Michelle sobre alguns posicionamentos que temos em relação a este mundo. Como é algo tão complexo que nem eu nem ela estamos conseguindo digerir, não vou adentrar-me muito na questão. Mas tange ao que no meio cristão chamamos de bom combate.
Há alguns dias assisiti ao filme O Peregrino da Alvorada, adaptação de uma das crônicas escritas por C.S. Lewis.

Com tantos momentos introspectivos e toda a sua carga emocional ,fico me perguntando como as crianças apreendem essa história, ou como os adultos a encaram, de qualquer forma não é tarefa fácil, a não ser que se limite a vê-lo apenas do ponto de vista cinematográfico.

Bom, mas falemos de Reepicheep, o ratinho espadachim. Sem dúvida esteve nele em todo o tempo a maior mensagem do filme. Não me atrevo a escrever muito sobre o mesmo porque eu ainda não li as crônicas (o que farei daqui a alguns dias), mas a princípio sei que posso perceber nesse personagem algumas virtudes que gostaria de encontrar em mim e que não sei se, de fato as tenho.
Reepicheep é em todos os momentos fiel, bravo, não somente no sentido da coragem, mas de firmeza, em momentos decisivos sua atitude fizeram a diferença, e o que mais impressiona é que não reside nele uma comicidade do tipo: ele acha que faz diferença, porque de fato, ele faz diferença.
Seu tamanho em muito inferior a qualquer outro personagem não o diminui. E fico pensando em quantas vezes nós nos reduzimos à nossa estatura, aos olhos naturais. Quantas vezes prefirimos não lutar a correr o risco de perder. E, com isso abraçamos o devir da sorte.

Confesso que fiquei extremamente tocada com o pedido de Reepicheep a Aslan, para que lhe fosse permitido entrar em seu país. Eu queria que ele ficasse, mas suas palavras ao fazerem o pedido destruíram qualquer argumento que eu pudesse ter, e mais ainda as palavras de Aslan me fizeram desejar ser Reepicheep. Eu queria entrar naquele barquinho.
Eu queria (e quero) ser chamado de coração puro e fiel como ele foi.
Eu começarei a ler as crônicas na próxima semana quando terminar um outra leitura já em andamento. Tenho certeza de que esse pequenino personagem ainda tem muito o que me ensinar...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Quando se perde a batalha...

Hoje foi publicada nos jornais europeus a morte da modelo francesa Isabelle Caro...
ah você não conhece... Bom eu também não me lembrava dela, mas com certeza me lembrava de uma mocinha muito corajosa que pousou com seu corpo esquelético para a Benetton afim de denunciar os efeitos nocivos da anorexia...
Assisiti a um vídeo em que ela dava uma entrevista, emque tentava de alguma forma ter a chance de viver.
Pois é, não deu. Seu corpinho frágil não resistiu a uma "pneumopatia" (talvez aqui conheçamos como pneumonia).
Eu realmente fiquei muito triste com a notícia, principalmente pelos motivos que levaram-na a essa doença...
Fica para nós uma reflexão: O que temos cultuado em nossos dias? Afinal o que é o belo, e o que temos imposto sobre os outros? Onde começa e termina a beleza?
bjo no coração de todos.
alguns links

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1744856

http://disturbiosalimentares-12a.blogspot.com/2010/03/isabelle-caro.html

Um regalo


Não posso deixar de postar aqui sobre um precioso presente que ganhei neste natal.
Eu ainda estou me deleitando, olhando para ele e me perguntando se é meu mesmo!!!
Um livro (oh que originalll, devem estar dizendo...)

Um guia sobre 501 nomes da literatura que marcaram o mundo.
Não bastasse ser um livro, ser sobre literatura, ter ilustrações, foi dado por uma pessoa muito especial para mim.
Meu primo Emerson está mais para irmão do que para primo, companheiro de longas datas das mais altas travessuras da época de infância, e de agora das épocas de loucura dessa vida adulta...
ainda não li, até porque não é uma obra para ser lida de uma única vez, é daqueles que você se deleita em ir descobrindo aos poucos, naquelas tardes de ócio, ou pesquisa. Pequenas porções de cultura, de conhecimento para tranformar aqueles dias insossos em momentos de saber.
Fica aqui registrado, que minha humilde biblioteca está agora um pouquinho mais rica!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

No que cremos?

Aos tempos de Pocilga

Hoje de manhã li um post no blog "O Provocador", sobre a hipocrisia criminosa. Para encurtar um pouco a conversa, o post falava sobre o bebê que foi jogado pelo muro na cidade de Belém...
Terrível coincidência, no dia 25 de dezembro...

O assunto explorado foi sobre a hipocrisia, segundo o autor, ao tratar-se o assunto aborto. Como a sociedade continua a tapar os olhos para um problema de saúde pública. Ao que parece, o autor é favorável à legalização do aborto e constrói sua argumentação em cima do fato de que, enquanto a sociedade apregoa os bons costumes no discurso, na prática o que se faz com uma criança jogada fora? Aliás, o que se faz com todas as crianças abandonadas todos os dias? Entrega-as à sorte?
Bom, é claro que os comentários foram de todos os tipos. Mas o que saltou aos olhos ao observá-los foram as "verdades" absolutas que ali apareceram.
Como é fácil impormos nossa verdade aos outros, principalmente em ambientes virtuais...
Porque venhamos e convenhamos, a internet é um bom espaço para discussões, mas é melhor ainda para quem quer fugir do debate, afinal se eu não quiser enfrentar uma opinião destoante da minha basta eu ignorar, simplesmente não responder, não preciso expor minha face.
E choveram acusações, santíssimos olhares, purismo religioso. Morte aos defensores do aborto....
Isso mesmo, contraditório, não é verdade?
Meu esposo sempre comenta que se não fosse a nossa constituição, as pessoas aqui no Brasil já estariam matando por causa da religião. Tamanha tem sido a intolerância, mas essa intolerância tem colocado suas garras também em outras instâncias da vida...(assunto para outro post)
Ao iniciar aqui esse assunto eu achei que falaria sobre o mérito mesmo de ser ou não a favor do aborto, mas descobri que isso é o que menos tem me afligido, e confesso, visitei aquele blog mais de uma vez hoje pra ver os famigerados comentários.
Sim, eu postei um comentário também...
Me assusta como as pessoas têm perdido a capacidade de debater um assunto no mérito de sua questão, como é difícil para alguns reconhecerem que seus argumentos não são de fato válidos, e o que vale mesmo é rever os conceitos e quem sabe até mudar de opinião.
Será mesmo tão ruim mudarmos de opinião, seremos mais fracos se começarmos a pensar diferente? Perderemos nossa identidade cultural ou religiosa se deixarmo-nos influenciar?
Por que é feio ser influenciado??? Mas ninguém acha feio influenciar.
Todos querem essa última parte, e nesse jogo de persuasão impõe-se verdades nem tão verdadeiras, estigmas e rótulos naqueles que pensam diferente, que creem diferentemente.

Estou com medo do lugar para onde temos caminhado. Os espaços de discussões têm se tornado cada vez mais virtuais, e menos palpáveis.
O problema não está na virtualização, mas na inaptidão que muitos têm desenvolvido ao fugir do corpo a corpo, de olhar nos olhos e buscar o consenso ou mesmo o discenso.

Saudades de minha vida pocilgana, nem se quiséssemos conseguíamos escapar do embate, aliás éramos quase dependentes psicológicos de um bom debate. boas madrugadas...

Fato é que, em nome do moralismo se impõe verdades, em nome de um deus (seja qual for a crença) se impõem castigos e pecados...

O resultado é lastimável, não há crescimento porque cada um se encrustece de seus conceitos, ou muito passados ou muito inovadores. Não há portanto um indício de caminho a seguir, que fique cada um em seu atalho, com a foice na mão para quem ousar contestar...

segue o link do blog "O Provocador"

Pocilga: Meu querido lar (ironicamente limpíssimo) nos tempos de faculdade.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal

Olá amigos, gostaria de compartilhar com vcs um momento especial desse natal, que foi todo especial!


A família esse ano não esteve completa,e ficamos em um número bem resumidinho... mas demos um jeitinho (viva o skype) de estarmos todos juntos, ainda que só por alguns momentos!!! amo vcs Família!!!

superavit I

Balançando de lá e de cá, um saldo positivo já tenho.
Boas amizades, bons relacionamentos.
Nesse ano, uma boa coisa foram os relacionamentos que cultivei.
Foram importantíssimos os momentos em que fui amparada pelo carinho dos meus primos, e como crescemos ao longo desse ano. Foi quase filosófico...rsrsrs
Muitos bate-papos, muitas reflexões, ótimas atitudes, muitas perguntas, poucas respostas, mais perguntas... êta, ôh turminha inquieta essa nossa!!!!rs
Também fortaleci algumas amizades em meu trabalho, em especial Marcelo e João, como aprendi com vcs!
João e o seu senso de organização e ética, quando crescer quero ao menos parecer com vc!
Marcelo com sua visão holística das situações... sempre tentando tirar delas alguma coisa boa.
Muitos outros me ajudaram a construir minha história nesse ano.
Bom, já há algo bom na lista dos superavits!!!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sobre o Natal

Muito bem...
Estou aqui curtindo a tarde natalina...
Assistindo ao clássico Branca de Neve e os sete anões na companhia de meus primos e minha mãe... bem família né!?
Acho interessante como nessa época do ano esses momentos são tão valorizados, comentados, incentivados!!!!
A verdade é que eu amo o natal, amo TODO o seu significado. O maravilhoso dom do amor revelado na pessoa de Jesus Cristo, no seu desprendimento, em seu sacrifício por uma humanidade tão desmerecida como a nossa, cada vez mais desumana...
O lamentável é que TUDO isso é posto em segundo plano, e raramente mencionado; como se fosse um acréssimo..
Lamentável mesmo, para quem assim pensa e vive, lamentável também para aqueles puristas que preferem não celebrar a mais linda história de amor, a deixar suas capas religiosas e mal-humoradas...
tsc tsc
De qualquer forma, quero desejar a todos os meus amigos, um maravilhoso natal, que Cristo nasça todos os dias em nossas vidas, que todos aqueles repetidos votos de fraternidade e amor comecem em nós mesmos!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Encerrando as atividades

Bom dia a todos!
Ontem encerrou-se o meu ano letivo!!! Nada mais a fazer nem a acrescentar!!!!
Embora eu não tenha criado muita expectativa em relação ao mesmo, confesso que tenho a sensação de que foi melhor em muitos aspectos.
não vou negar que foi um ano muito difícil... difícil demais. Muitas lutas, desafios, desaforos, angústias..
Agora é hora de fechar para balanço, destralhar-me, a coneçar pelas querelinhas emocionais que a gente acumula ao longo dos meses, depois das quinquilharias materiais (o meio-ambiente agradece).
Tenho certeza que terei um superavit...
Coisas muito boas aconteceram, vou me dar o luxo de remoe-las.
Aliás, é isso que a humanidade deveria aprender com os ruminantes: ao invés de ficar remoendo veneno poderíamos ruminar e ruminar aquilo que, de fato, nos alimenta a alma e o espírito.
bjos a todos,
volto a escrever sobre o superavit em outro post.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pela democratização do livro

Reproduzo abaixo um post de Danilo sobre a democartização do livro, como todos os seus textos vale a pena sorver cada palavrinha!

Como é sabido, faz parte das propostas de base do futuro governo o investimento pesado em educação, com a expansão do que foi feito nos oito últimos anos do governo Lula. A ampliação e criação de novas escolas técnicas, o investimento nas universidades públicas, a criação de novas vagas para contratação de mão-de-obra - sejam professores, técnico-administrativos e servidores de vária ordem - que garante o bom funcionamento das instituições de ensino, e a criação do plano de carreira e do piso salarial para a educação básica são boas medidas que esperamos que continuem em implantação, expansão, efetivação e desenvolvimento. Mas acredito que um elemento principal, fundamental e de indiscutível importância ainda está bem longe do alcance da população brasileira.

O livro ainda é artigo de luxo, caro acima das medidas necessárias para uma política que se quer efetivamente democrática no que se pensa em popularização da cultura. Em um país onde se produz papel na escala em que o Brasil produz; onde há um baixíssimo nível de leitores garças a uma histórica política de distanciamento entre sujeito e o mundo das letras; em um país que possui órgãos públicos mantidos pelo dinheiro do contribuinte que poderiam produzir mais livros baratos - a Imprensa Oficial, seja ela federal ou as estatais e as muitas editoras das universidades públicas - o livro ainda é editado e impresso, em sua maioria, por instituições privadas que visam o lucro com seus livros didáticos, teóricos - no campo das ciências humanas, sociais, exatas e da natureza - , de legislação ou de literatura - nacional e internacional.

Produto de luxo, o livro, que nunca chega na mesa do trabalhador, não alimenta, efetivamente, a fome de saber que o povo brasileiro tem. Produto das elites do país, o livro chega a cifras absurdas, mais altas em valor que muitas horas trabalhadas por um cidadão, infinitamente distantes da realidade econômica de muitos dos brasileiros.

Para isto, basta pensar o seguinte: o salário mínimo é de R$510,00 para um trabalhador em função de 40h semanais e a hora trabalhada vale R$12,75 sem os desconto. O preço médio de um livro no Brasil, por exemplo, um livro de literatura brasileira, está entre R$15,00 e R$30,00, chegando a mais que o dobro da hora trabalhada. Levando-se em consideração que a cesta básica custa para um trabalhador assalariado, em média, R$ 240,00, e que, do restante, há ainda os gastos com moradia, transporte e higiene tanto dele e quanto de seus familiares, o livro se torna artigo de luxo e de segunda preocupação.

Além do alto custo do livro para um trabalhador, que impossibilita a compra desse para si e para seus familiares, as escolas de ensino fundamental e médio, tanto quanto as bibliotecas públicas, muitas vezes presas ao que suas condições de acervo permitem, não têm livros o suficiente para os estudantes e para os demais cidadãos. Isso sem contar que nelas raramente se encontram os livros que estão à venda nas livrarias.

Pensemos outra situação: qualquer curso de graduação visa, entre outras coisas, a melhoria econômica daquele que o faz e de seus familiares. Um dos caminhos para a ascensão econômica em um país que supervaloriza o diplomado é a universidade. A graduação é feita efetivamente de livros que saem muito mais caros do que a média. Livros básicos das áreas da saúde, das ciências humanas, sociais e da natureza, custam mais que os R$30,00 acima citados, podendo alcançar cifras impensadas, como R$120,00, R$150,00, R$ 200,00 ou mais. Isso dificulta muito que um trabalhador assalariado ou um estudante que dependa de um salário como renda familiar curse uma universidade pública.

Outro ponto é o de que o livro é também caro para o Estado, uma vez que o Governo precisa comprar destas mesmas editoras a preços altos os livros que serão utilizados na sala de aula e nas bibliotecas, os livros que os estudantes e os brasileiros poderiam levar para suas casas, tê-los.

Uma política de popularização do livro que reduzisse a preços módicos obras fundamentais para o leitor brasileiro é urgente. É urgente que a Imprensa Oficial e as editoras universitárias assumam a produção com qualidade de obras importantes, sejam os livros didáticos ou o cânone da Literatura Brasileira lida nas escolas. Se é possível fazer remédios genéricos, é possível fazer livros genéricos, com igual eficácia e qualidade, alterando, por exemplo, o exclusivismo que um autor obrigatoriamente tem com a editora que o publica. Um autor deveria ser publicado pelo maior número de editoras, uma vez que ele é o menos favorecido em todo o percurso da venda de sua obra.

Se o Governo Federal criasse uma efetiva política de popularização e de barateamento do livro no Brasil sem prejuízos à sua qualidade, levando em consideração o poder de compra do salário mínimo vigente, como se faz nas maiores democracias do planeta, o brasileiro não seria mais um excluído das letras e não teria que escolher entre uma semana de alimento ou um livro.

Livros baratos, efetivamente baratos, já! Só facilitando e encurtando o acesso ao livro, dando ao cidadão mais que o direito, a possibilidade de aquisição de cultura a baixíssimo preço, sem que este prejudique em seu orçamento, é que poderemos pensar numa efetiva melhora dos níveis educacionais e na democratização da cultura no país. O Governo Brasileiro precisa, o quanto antes, de colocar em funcionamento suas editoras públicas mantidas com o dinheiro dos impostos para editar livros para o povo. Livros baratos e de qualidade. Um país que quer acabar com analfabetismo precisa dar acesso a livros bons ao seu povo e propiciar que este os adquira, mais baratos que o alimento que consomem, que os impostos que pagam.

sábado, 11 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Sombra de um Jatobá-Toquinho

O primeiro dia do resto de nossas vidas...

Há um versículo em Salmos que diz assim:

"Ensina-os a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios."

Essa é uma boa reflexão para os nossos dias.

O que vale a pena para mim e para você? Já pesou na balança o que você ganha ou o que você perde em cada escolha feita ou naquilo em que você diz não?

Fazer as continhas matemáticas. Quanto vale uma vida..., a sua vida? Quanto vale um bom dia, daqueles que vc vai dormir satisfeito, tranquilo. Aliás qual foi a última vez que você dormiu como em seus oito anos? Se foi quando vc tinha oito anos não precisa responder...rsrsrs

Já se sentiu clandestino quando perdeu a hora de ir ao serviço e adoroooooooooooooouuuuuuuu,
Já se pegou pensando e questionando a validade do que você faz, qual a diferença entre você estar ou não em determinado lugar.
Se você morrer hoje, amanhã farão dois dias??? É só isso? O que ficou? Só lembranças...?

Hoje sismei em ouvir Toquinho... e adorei cantar "pra tonga da mironga do kabuletê"...

Ah vá tudo pra tonga da mironga...
Mas o que mais me tocou foi outra de suas composições...

"Longe de mim a inveja e a maldade escondidas nessa vida;

Hoje estamos nós en cena e não há temp a perder;

Pois tudo acaba mesmo sempre em despedida"



Acho que é por aí. Se o que restar for só lembranças, que sejam as melhores!!!


http://www.youtube.com/watch?v=EqNzMmRAbd8

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Para o Rio


Poema que aconteceu


Nenhum desejo neste domingo

Nenhum problema nesta vida

O mundo parou de repente

Os homens ficaram calados


Domingo sem fim nem começo

A mão que escreve este poema

Não sabe o que está escrevendo

Mas é possível que se soubesse

nem ligasse
(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rio da paz...? Parte I

Tô com sono, mas não vou conseguir dormir... sabe aqueles dias em que sua mente tá podre de cansaço mas se recusa a desligar? a pois, pois é...
Nos últimos dias eu assisti à maneira que pude as notícias sobre o Rio....
Sabe eu adoro o Rio, não pelo o que eu vejo na tv, mas pelo que ainda resta em minha lembrança das poucas vezes em que lá estive... há alguns 20.. deixa pra lá né, pra quê dar dicas da velhice...rs
Voltando às lembranças, vi o mar pela primeira vez da praia do Leblon! Não vou esquecer jamais, posso me ver de maiô listradinho apertando a mão do meu pai, pro mar não me levar, sim eu bebi da água pra ver se era salgada e era mesmo!
Lembro dos meus passeios pelos bairros, das viagens de trem de ida e volta pra Japeri. Das moças e moços andando de biquíni na rua!
Ah, Rio... Havia já me esquecido que por muitos anos você foi a representação de um sonho de cidade! Porque tudo que envolvia esse nome significava férias, diversão, lugares bonitos, gente alegre!!! Muito alegre, que adorava me ouvir falar com o sotaque meneirim.. Se eu já era tagarela como agora, devia mesmo ser algo muito engraçado...
Mas, essa visão foi se apagando.. como uma foto que fica exposta ao tempo. As constantes notícias do tráfico, das mazelas foram roubando de mim o que melhor eu conhecia como o paraíso...

Segue...

Parte II

Hoje vejo, desiludida que o carioca [e todos nós brasileiros] colhemos o amargo fruto da conivência. É espantoso ver como o binômio Rio&tráfico se tornou uma amálgama em nossas mentes. Enquanto assistia a ocupação dos morros pelas forças policiais e armadas, ao mesmo tempo em que me apavorava por ver a possibilidade de muitas mortes inocentes, me via desejando ardentemente - ainda que me custe admitir - a morte ou o fim de tantos que já não são dignos de estarem por aqui. Sei que o peso dessas palavras a mim é enorme, dada à minha condição de cristã assumida e convicta.
Mas foi isso mesmo que me assustou. A que ponto chegamos. Desejamos a morte de uns para que no fim outras muitas se poupem.
Ao mesmo tempo em que vivia essa dualidade outra coisa me inquietava, qual será a posição do carioca agora? Do povo dos morros? Eu considero lamentável, mas tudo isso chegou a esse ponto porque houve a conivência de todos os lados. Deixemos a hipocrisia de dizer que o poder paralelo se instalou onde o governo se omitiu... Sejamos honestos... As falhas governamentais não se restringem aos morros e favelas, nem no Rio nem em qualquer lugar do país. Nem por isso todas as comunidades negligenciadas tornaram-se redutos de criminosos.
E não é de hoje... alguém me explica por favor, porque no meio do tiroteio vem uma tiazinha correndo na rua sem rumo? Vá pro inf... quem é que sai de casa numa dessas gente? E o tal de olhar pela janela e pela porta e depois sair revoltado com a bala perdida da polícia? Por que que a bala perdida é sempre da polícia???Por que eu nunca vi - alguém pode me ajudar - um protesto da população contra os traficantes que provocaram uma troca de tiros? Aliás quem troca tiro com polícia já deixou bem claro a que veio...

Segue...

Parte III

Enfim, eu ainda aguardo os finalmentes... Onde estão os duzentos que fugiram para o morro do alemão???? Onde estão os que lá já estavam, não se estimou que seriam cerca de uns 500 ou 600??? Ainda acho que há quem os acoberte, quem ainda acha que a sua proteção é melhor que a do Estado... o triste é ver que mesmo tendo suas casas queimadas, carros destruídos muitos ainda preferem acobertar a ter de assumir o papel de agente. Sim, porque não deixa de ser uma zona de conforto. E agora? Os morros foram tomados, as UPPs serão instaladas, não é o que a população "queria"? A comunidade livre do domínio do tráfico??? Quem tem que garantir essa liberdade? O governo? A polícia???
Não sei quanto a vocês, mas minha índole para as coisas honestas e para a paz, nasceram em meu lar, não de nenhum departamento de polícia...
e vou parando por aqui... esse post já tá enoooooorrrrrrrrme. Eu vou escrever mais sobre isso. Ainda não me esvaziei...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

dá vontade de chorar...


Fala sério... eu vou voltar a escrever sobre isso...

Mas eu tenho que desabafar agora.

Que coisa medonha é essa no Rio?

Estou com um misto de tristeza - por ver o Rio nessa situação, e de um mórbido prazer: que é o de ver, enfim a população do Rio definir de que lado está...

Vou parando por aqui, dei uma fugidinha das obrigações, e não quero correr o risco de ser leviana.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tô Puta...


É, é isso mesmo que você leu... tô puta com essas eleições, nossa mas eu Tô amarga demais. o pior de tudo é que deu exatamente o que eu temia. Então alguém pode me dizer por que eu ainda me dou ao trabalho de indignar-me?
Por que será que a gente vive se importando com coisas que ninguém mais liga, e ficamos parecendo uns bestas mal-amados politicamente? Ah... nem
viu...
Fico triste nem é tanto pelo resultado final das eleições aqui em Minas. Mas como as coisas se deram aqui, no resto do país e se darão no próximo turno.
Não há mais ideologia, o que vale são alianças. E nesse jogo quase pernicioso vale tudo, quase nunca a verdade. Quem acusava agora apoia, quem torcia o nariz agora vai ter que votar em...
Em quem você vai votar mesmo???

Me assusta os milhões de votos tiriricados, e ainda têm coragem de dizer que isso foi voto de protesto? Protesto? Estupidez agora mudou de nome.
Me assustou a oligarquia NEVES, o cara elegeu a ele e quem ele quis, e essa não foi a primeira vez... E o PoVo aplaude...
Que coisa medonha... é um poder quase semelhante ao Anticristo... salvas as devidas proporções pois todos sabem que eu odeio demonizar as coisas... é apenas uma metáfora.
na verdade, é uma grande e fedorenta merda..
Ah, é isso mesmo,
MERDA!!!!!

sábado, 2 de outubro de 2010

Dia de Casório!!!


Bom dia a todos, andei sumidinha né... e o pior disso é que acumulei trocentos posts...
Hoje é um dia muito especial meu maninho vai casar, é, aquele mesmo, cujo as revistinhas eu costumava surrupiar..
Então já viu né ..
Dentre muitas coisas importantíssimas a pensar (cabelo, sapato, maquiagem, - Valei-me São Renew!- roupa, unhas - pelo amor de Deus hj eu tenho que conseguir fazê-las!!!-, etc. etc. etc...)
Quero registrar a minha felicidade por essa nova etapa na vida dele! Meu irmão é uma pessoa muito especial, suas qualidades superam os defeitinhos que sempre carregamos para nos lembrar da nossa condição humana. Estou feliz porque as coisas se encaminham e nos encontram nos momentos certos, Ficomuito feliz por ele e minha cunhada que, igualmente é uma pessoa muito linda!
Que a vida lhes brinde com muitas felicidades!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010


Ahhh. eu ia escrever... mas tô com sono....
ZzZzZzZzZzZ
boa noite pro cês!!!

Já nem sei quem sou...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Você tem medo de quê?

Tenho medo de um dia acordar e descobrir que estava errada...
Que não era bem assim, ou que nunca foi assim...
Tenho medo de ter dado maus conselhos, de ter avaliado mal ou levianamente...
Tenho medo de não ter dado oportunidade à verdade de se revelar...
Tenho medo de não ter valido a pena.

E se o quê o poeta diz "Tudo vale a pena se n'alma não é pequena" for verdade; Tenho medo de não ter tido a alma grande o suficiente...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Faber Castell - Aquarela - 1983 ( Versão Original )

gente.. fala sério... que saudades dos meus tenros seis aninhos...

Minhas nem tão últimas leituras

Resolvi fazer uma relação dos livros que andei lendo nos últimos dois anos.
Como já disse em post anterior, depois que terminei o mestrado resolvi me entorpecer lierariamente. E a coisa parece urticária, quanto mais se mexe mais dá vontade...rs
Então vamos lá.
outubro 08 - janeiro 2010: A Menina que Roubava Livros;
Trilogia Fronteiras do Universo:
maio - Junho 09: A Bússola de Ouro;
julho - Agosto 09: A Faca Sutil;
Setembro - Novembro 09: A Luneta Âmbar.

Saga Crepúsculo:
Novembro 09: Crepúsculo ;
Novembro 09: Lua Nova;
Dezembro 09: Eclipse;

todos esses em meio aos livros que li para a escola:

Os Miseráveis;
A Filha do Rei,
A Outra Face- história de uma garota afegã;
A Viagem de Parvana;
O segredo está dentro dela;
Miro Maravilha;
Uma história de Amor;
Ponte para Terabítia;
Isso ninguém me Tira
e outros...

Janeiro 10: Amanhecer.

Janeiro 10: A Cidade do Sol;
Fevereiro 10: iniciei Silmarilion...

Saga Percy Jackson e os Olimpianos:
março 10: O Ladrão de Raios;
abril 10: O Mar de Monstros;
Maio 1o: A Maldição do Titã;
Junho 10: A Batalha do Labirinto.

Julho- Agosto10: A montanha e o Rio

Em processo de leitura:
Julho - ? : O Hobbit
Julho 10: Dewe - um gato entre livros
e o Silmarilon continua em cima do criado, não consigo ler, mas não conformo em colocar na instante... vamos ver no que dá...rs

em 12/10/10 escrevi:
novembro 10: O Último Olimpiano (terminei a saga!!!!)
ainda estou lendo o Hobitt(tudo bem, estou enrolando)
comecei a ler A Pirâmide Vermelha...
e vamos que vamos


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Próximas empreitadas literárias


Agora tenho de tratar de terminar de ler O Hobbit e Dewe... Haja madrugada...kkk

A Montanha e o Rio

Terminei a Leitura nessa sexta... Muito tocante, uma verdadeira saga de dois personagens com vidas tão distintas e com um destino tão interligado...
O que mais me impressionou na história sobre Tam e Shento é como podemos nos tornar nossos próprios redentores ou nossos piores malfeitores. Como podemos ser tudo de bom que almejamos ou sermos piores do que sempre reje
itamos...
Bom, eu recomendo...
Claro que você não achou que eu daria alguma informação sobre o que acontece né!? kkkk
Só uma dica: O cenário são as últimas décadas do século XX e
se passa na China... ops! Chega vai ler Trem!!!
Livro: A montanha e o Rio
Autor: Da Chen

Editora: Nova Fronteira
preços: R$40,00 - R$50,00

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Você tem sede de quê? nº1...

Aiai... andei sumida, mas não por falta de assunto, é por ter tantas coisas formigando na mente...
Este post está em minha cabeça logo desde quando eu iniciei esse blog. E é posível que ele seja alterado inúmeras vezes...
Tenho pensado tanto nisso que tenho adiado escrever sobre.
Andamos sempre na expectativa de algo e algumas coisas parecem ser mais urgentes que outras, outras mais essenciais ainda e mesmo outras imprescindíveis. Na verdade, não há como colocarmos nossos desejos em uma escala de intensidades (embora o façamos mais por força de hábito em tentar nos organizar, do que realmente por intensidade).
Tenho pensado muito sobre o que desejo para a minha vida, mas tenho pensado também a respeito do que eu tenho sede. Não no sentido de possuir ou conquistar algo, mas de algo que, de fato, me sacie. A sim, claro, espiritualmente tenho sido mais que saciada pela graça de Jesus. Não é bem de um vazio de alma, que falo, mas de algo que desejo ver acontecer, que anseio vivenciar. No meu caso, tenho sede de justiça. E essa sede tem me feito observar muito nossa sociedade, nossos valores que sempre se revelam em atitudes e posicionamentos. Tenho sede de justiça porque percebi quão injustos nos tornamos ou quão permissivos nos tornamos diante da injustiça. Tenho percebido que diante de muitas circunstâncias nos viciamos em encontrar culpados, pois parece que isso nos isenta de encontrarmos as soluções para o problema. E assim temos caminhado, não sei ainda como o nosso indicador não se tornou maior que o dedo médio...
Me angustia casos como Nardone, Bruno, Eloá..., e por outros tantos que pipocam em nossas casas. Me angustiam nem tanto pelos sinistros em si . Não é que a brutalidade dos fatos não me atinjam, aliás é exatamente isso que me atinje e que não é resolvido. Não é resolvido porque queremos o culpado, queremos o castigo para o culpado. E não saciamos nunca a nossa sede porque sempre buscaremos alguém para expurgar nossos males, exorcisar nossos demônios. E ao fazermos isso constantemente temos a falsa impressão de que estamos nos portando como cidadãos críticos e responsáveis que não folgam-se com a injustiça.. será mesmo?
Não seria mais justo reconhecermos o problema e buscarmos resolvê-lo? Vamos pensar nos exemplos citados mais acima.
Os Nardones foram bebidos, comidos, almoçados, jantados, mijados, cagados, foi simplesmente uma overdose de Nardones... Aff. Mas ninguém sequer eparou para pensar nos valores perdidos, o que está acontecendo com nossas famílias? Com nossos jovens? Por que tantos pais jovens e despreparados? Por que tão passionais? Então eu penso nos gritos "justiça!" "justiça!". Mas eles já haviam sido sentenciados pela sociedade antes mesmo das provas chegarem.
O caso Eloá que era já uma tragédia anunciada: Uma criança de 12 anos namorar um rapaz tão mais velho! Não é em si a diferença de idade, mas a diferença de mundos. É óbvio que isso nem era também o problema, mas o reflexo de inúmeros problemas de estrutura familiar (queria um namorado ou um pai???). Pois é... de namorado pai passou a sequestrador pop com direito à entrevista ao vivo...
Caso Bruno: Fama, dinheiro, sexo, poder... associados à falta de estrutura e disciplina... E é claro, o show, o espetáculo não pode parar...
De tudo, nunca somos levados a refletir sobre aonde temos ido, por que ou para quê... E vivemos clamando justiça por causa das barbaridades... e esquecemos dos nossos pequenos delitos, de nosa permissicividade com os "pecadinhos", com os golpezinhos...
Pobre de nós.
Tão miseráveis quanto aqueles que condenamos...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Algumas leituras...


Não me lembro bem de quando foi exatamente que comecei a ler, mas sei que foi aos cinco anos.
O mais impressionante é que me lembro das atividades que realizei no prezinho a uns 3... deixa pra lá.
Me lembro bem de que comecei a pegar os Gibis de meu irmão, sete anos mais velho. Logo, imagine a complexidade dos personagens: Homem de ferro (num entendia patavina de onde vinha para onde ia...kkkk), Fantasma (cara sizudo numa floresta...), Conan (uma indecência cheio de mulheres quase peladas...kkkk), Homem Aranha (entendia um pouquinho), etc...
Aí entra o que eu acho que foi uma das muitas coisas boas que meu pai fez por mim. Assim que me viu tentar devorar as revistas de meu irmão me entupiu com gibis da Turma da Mônica, disney, comprou livrinhos com áudio, livros menores, etc, etc, etc. Meu pai incentivou-me muito o gosto pela leitura. Sempre lia tudo e quando completava as leituras eu continuava a bisbilhotar as do meu irmão. Fui crescendo, fui lendo livros. Lembro que adorava adiantar os textos dos livros de português.. . ops na época era "Comunicação e Expressão". Quando acabava os de Comunicação e Expressão lia os probleminhas de matemática (nunca sabia resolvê-los sozinha, mas, pelo menos lia), lia os de Integração Social, mais tarde geografia e ciências, lia as revistas de curiosidades do meu irmão (já viu que eu adorava fuçar também, né!? kkkkkkk).
E foi assim. As épocas menos felizes de minha vida foram também as em que eu menos li. Mas, acho que jamais passei um ano sem ler uma pequena história que fosse.
Durante a graduação me privei um pouco do prazer da literatura, por mais estranho que isso possa parecer, levando-se em conta de que me graduei em letras. Li, é verdade, algumas obras, mas sempre com o peso de alguma avaliação, ou com a sensação de que deveria estar lendo alguma coisa mais relacionada à minha área. Logo depois que me formei fui para as salas de aula e logo logo iniciei o meu mestrado. Aí sim é que li pouco. Prometi a mim mesma que eu me entorpeceria de literatura assim que defendesse a dissertação. Promessa cumprida.
Até hoje eu adoro a sensação de que agora posso ler esganiçadamente, acho que eu ainda tento tirar o atraso...
Eu não sei explicar o que acontece comigo quando vejo um bom livro. Mas consigo descrever alguns rituais.
  1. O namoro pelas capas. Tudo começas pela estética. Sim, eu sou daquelas que pré-julga e compra o livro pela capa.
  2. Depois que compro, pego emprestado, ou mesmo ganho um livro sempre eu o folheio e tento sentir o seu cheiro. Não faço a mínima ideia do que isso significa. Realmente, acho que a convivência com os gatos está me afetando.
  3. Leio todas as informações da capa e contracapa, vejo a encadernação, como se entendesse de alguma coisa...
  4. E então começo a ler. Há livros que faço questão de lê-los compulsivamente, o mais intensamente possível (Saga Crepúsculo, A Cidade do Sol, Percy Jakson...), e outros gosto de degustá-los homeopaticamente (Grande Sertão, A Menina que Roubava Livros).
  5. Adoro chorar durante e depois... E choro por inúmeras razões, uma única vez foi por causa do final, geralmente é porque me sinto pequena diante da vida, me sinto envergonhada pela humanidade...


Enfim, os livros são grandes responsáveis pelo modo como eu vejo o mundo, aliás como eu o avalio. Certamente, o paraíso deve ser uma espécie de biblioteca com almofadas e bichanos!!!! kkkk

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu e minhas paixões...


Você gosta do quê? Alguém já te fez essa pergunta? Bom, nunca consegui respondê-la, sempre pensei e não vinha nada do que eu pudesse me lembrar e afirmar: Gosto disso. É sempre assim com músicas, filmes lazer, etc... __Gosto de muitas coisas __ sempre respondo.
Aí então chega alguém, te dá um presente e resolve todo o mistério...
Ganhei de Lisi (minha prima) um livro que há muito eu namorava: "Dewey, um gato entre livros" na dedicatória, linda por sinal nem sei se realmente a merecia, ela coloca: Este livro reúne duas de suas paixões...
Minhas paixões são gatos e livros, necessariamente nessa ordem.
Sim, amo os bichanos, me deixo seduzir por seus olhares e ronronos, adoro sua agilidade, esperteza, gosto do seu andar macio e silencioso. Adoro implorar pelo amor da Catarina (minha gatinha). Os gatos me ensinam a lidar com os espaços que devemos dar às pessoas: ame, mas não possua, queira, mas não domine. Alguém já disse que o gato conseguiu domesticar o homem...
Ah, os livros, deve ser alguma coisa anormal, eu não consigo resisitir a eles. Acho até que vou fazer outro post só para eles...

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que são os baobás???

o que são os baobás???
Hum... vou chamar alguém aqui para explicar melhor...

"Dia a dia eu ficava sabendo mais alguma coisa do planeta, da partida, da viagem.

Mas isso devagarinho, ao acaso das reflexões. Foi assim que vim a conhecer,

no terceiro dia, o drama dos baobás.

Dessa vez ainda, foi graças ao carneiro. Pois bruscamente o principezinho

me interrogou, tomado de grave dúvida:

- É verdade que os carneiros comem arbustos?

- Sim. É verdade.

- Ah! Que bom!

Não compreendi logo porque era tão importante que os carneiros

comessem arbustos. Mas o principezinho acrescentou:

- Por conseguinte eles comem também os baobás?

Fiz notar ao principezinho que os baobás não são arbustos, mas árvores

grandes como igrejas. E que mesmo que ele levasse consigo todo

um rebanho de elefantes, eles não chegariam a dar cabo de um único baobá.

A idéia de um rebanho de elefantes fez rir ao principezinho:

- Seria preciso botar um por cima do outro...

Mas notou, em seguida, sabiamente:

- Os baobás, antes de crescer, são pequenos.

- É fato! Mas por que desejas tu que os carneiros comam os baobás pequenos?

- Por que haveria de ser? respondeu-me, como se se tratasse de uma evidência.

E foi-me preciso um grande esforço de inteligência para compreender

sozinho esse problema.

Com efeito, no planeta do principezinho havia, como em todos os outros

planetas, ervas boas e más. Por conseguinte, sementes boas, de ervas

boas; sementes más, de ervas más. Mas as sementes são invisíveis.

Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar.

Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo

galhinho. Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça

à vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim, é preciso

arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.

Ora, havia sementes terríveis no planeta do principezinho: as sementes

de baobá... O solo do planeta estava enfestado. E um baobá, se

a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele. Atravanca todo o

planeta. Perfura-o com suas raízes. E se o planeta é pequeno e os

baobás numerosos, o planeta acaba rachando.

"É uma questão de disciplina, me disse mais tarde o principezinho.

Quando a gente acaba a toalete da manhã, começa a fazer com

cuidado a toalete do planeta. É preciso que a gente se

conforme em arrancar regularmente os baobás logo que se distingam

das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um

trabalho sem graça, mas de fácil execução."

Em um dia aconselhou-me a tentar um belo desenho que fizesse

essas coisas entrarem de uma vez na cabeça das crianças. "Se

algum dia tiverem de viajar, explicou-me, poderá ser útil para

elas. Às vezes não há inconveniente em deixar um trabalho

para mais tarde. Mas, quando se trata de baobá, é sempre uma

catástrofe. Conheci um planeta habitado por um preguiçoso.

Havia deixado três arbustos..."

E, de acordo com as indicações do principezinho, desenhei o tal planeta.

Não gosto de tomar o tom de moralista. Mas o perigo dos baobás

é tão pouco conhecido, e tão grandes os riscos daquele que se

perdesse num asteróide, que, ao menos uma vez, faço exceção

à minha reserva. E digo portanto: "Meninos! Cuidado com os

baobás!" Foi para advertir meus amigos de um perigo que há tanto

tempo os ameaçava, como a mim, sem que pudéssemos suspeitar,

que tanto caprichei naquele desenho. A lição que eu dava valia a

pena. Perguntarão, talvez: Por que não há nesse livro outros

desenhos tão grandiosos como o desenho dos baobás? A resposta

é simples: tentei, mas não consegui. Quando desenhei os baobás,

estava inteiramente possuído pelo sentimento de urgência."

fonte:http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap05.htm


Inaugurando espaços...

Olá tem alguém aqui???
Se chegou seja bem vindo, vou começar a fuçar esse pedacinho aqui... Num sei ainda o que vou colocar, fazer isso ou aquilo...
Mas. tô empolgada com a possibilidade de escrever, escrever, escrever... Assim quem sabe eu consiga fazer a limpeza diária dos baobás que tenho de retirar diariamente.